RICK LAST STANDS

Sunday, July 16, 2006

" Curtas e Ácidas "

· O PT vai denunciar José Serra a Justiça com noticia crime. A argumentação é que, ao vincular o PT ao PCC, Serra cometeu crime de calunia e danos morais ao partido, e ainda pode provocar possíveis atos de violência contra militantes do partido... Oras... Caixa Dois, Estatais como balcão de negócios, agências de propagandas fraudulentas, saques milionários em espécie, malas de dinheiro aparecendo como chuchu na cerca, Land Rover de “mimu”, o caso do prefeito de Santo André, Celso Daniel... Dirceu viajando a Bolívia em missão secreta... Orra meu... O PCC deve estar com inveja...

· A Doce Susane, por meio dos seus advogados, declarou que pretende abrir mão da sua parte na herança dos pais, ficando somente a disposição do seu irmão ( que faz curso de Farmácia) para ajudar a administrar os negócios...Aff..Pelo jeito ela vai usar muito internet backing nos próximos anos. Mas isso é fácil de ajeitar em qualquer presídio.

· Frase lida no vidro de um carro, esta semana aqui em Prudente... “Se o Lula é inocente, Beira-Mar para Presidente”! ... Aff... Será que tem uma vaga de vice nesta chapa para o Marcola?

· Um amigo que trabalha com confecção me contou essa.Diz ele que as Meias Kendal procuram um garoto propaganda para a nova coleção Primavera/Verão.O nome mais cotado é o do lateral da seleção brasileira de futebol, Roberto Carlos...Hehehe.

"...numa noite dessas"

Acordei no meio da noite, e só a ti pertencem meus pensamentos.
Pos vezes já verifiquei o outro lado da cama, mas este está vazio, o que não me convence.
Tento fechar os olhos, me livrar desses pensamentos e dormir, mas a imagem do teu corpo nu a dançar sobre mim não me deixa faze-lo.
Hum... Delicia-me imagina-lo.
Corpo de muitas curvas, de pele macia e sabor intenso... Sabor de vida, plenitude e envolvimento... Sem meios termos.
Repasso mentalmente a noite toda, desde aquele telefonema. Indescritível o que senti quando, ao abrir a porta, te vi naquele vestido azul.
...e como me dava prazer, minutos depois, observar tua boca, teus lábios a massagear a borda do copo... Tomando-as para si.
Teu cheiro está aqui, tornando viva a tua lembrança, sufocando-me de saudade.
Cheiro de mulher, de prazer, de gozo intenso.
Neste momento mal me lembro da conversa, mas poderia usar dez mil palavras, que mesmo assim seria impreciso ao tentar descrever o brilho do teu olhar. Facho de luz, que inundava minha alma, tornando-me completo.
Quando sentados frente a frente, tua mão em meus cabelos... E as minhas a explorar cada pedacinho do meu tesouro, do meu maior desejo.
Aquele beijo detonou tudo.
Não seria capaz de dizer se ainda estavas de vestido, quando tomei seus seios em minha boca sedenta. E me exita a rapidez com que eu mudava de lado.
Tudo aquilo começou na sala e dali fomos nos arrastando pelas paredes, chão e moveis...Chegamos finalmente na cama, totalmente nus e ali nos entregamos.
Pulsar de vontade alucinada. Fizemos amor, tesão, desejo, loucuras...Inúmeras vezes, sem começo, nem fim.É provável que não haja como classificar o que aconteceu naquele quarto.Mas fique assim mesmo.Bom é paixão sem termos.
(Deliciosamente descabida...)
Agora aqui sozinho nesta mesma cama, entendo porque meu corpo dói tanto. Braços e pernas, boca e língua...
Culpo-me por ter deixado você partir. Linda, com as sandálias nas mãos. Mas sinceramente não tinha mais forças para impedir. Forças para nada, a não ser vislumbrar teu corpo sacudir no ritmo das passadas ao sair pela porta do quarto afora...
Vou a cozinha tomar uma cerveja, tropeçando nas roupas que deixei pelo caminho. Toco as paredes que foram só nossas, lembrando de ti em posições impublicaveis.Provavelmente ate as minhas seriam...
Apesar de copos generosos, o sabor do teu sexo ainda esta na minha boca. E na mente estará gravado para sempre. Finalmente ascendo um cigarro e me sento na cadeira da área. Observando a Lua reflito...
E desejo ardentemente que você volte logo.


Thursday, July 13, 2006

"Costelinhas"

Próximo de casa há um prédio comercial, e neste, entre outras coisas, há um açougue.
Logo depois que descobri que o dono era corinthiano, tratei de ficar amigo dele. Um coroa gente boa, descendente de italianos. Sempre alegre, é daqueles que perdem o cliente, mas não perde a piada.
Um dia desses, entediado na hora do almoço, fui para lá e me ocupei lendo o jornal do dia, sentado em um banco na entrada do açougue. Entre comentários irônicos e observações sobre a profissão da mãe de alguns políticos, eu observava os clientes e trausentes que meus olhos alcançavam.
No meio de uma critica sobre o estado lastimável do nosso time, fui interrompido pela entrada de uma cliente, que depois soube ser enfermeira e moradora do prédio. Mulher de trinta e poucos anos, morena, corpo curvilíneo. Não era linda, mas tinha um rosto simpático. Trajava uma blusinha de alcinha e uma bermuda de Licra colada ao corpo. Isto ate seria normal, a não ser que a peça em questão era branca, e tão transparente que eu seria capaz de dizer as instruções de lavagem inseridas em sua calcinha.
Dirigiu-me uma olhadela ao entrar, mais por instinto, do que por um possível interesse reflito. Pediu decididos 2 kg de costelinha, e permaneceu ali entretida a olhar o balcão de carnes.
Dois ou três trausentes que passavam pela rua, dando conta da cliente, lhe dirigiam olhares sedentos, e elogios grosseiros...
Finalmente ela se foi, levando consigo somente a costelinha, mas sem que o nosso herói açougueiro deixasse de se deliciar com a visão do seu back side saltitante a ganhar a rua...
Depois de ouvir inúmeras conjecturas sobre como despiria a nossa vizinha, fui-me embora, almoçar e dar uma relaxada, pois a tarde prometia.
No caminho pensava...
É notória na nossa cultura a figura da gostosona, o que desde cedo é incutido na nossa cabeça de homem de sul americano machista... E talvez até depois de casados, seja a esta a figura e/ou modelo de mulher que muitos homens casados imaginem quando a noite então com suas esposas.
Mas deixando isto de lado, vou alem...
Será que alguém, que precisa se expor tanto, provocando o desejo de estranhos (e não seu respeito), esta com o amor próprio em dia?
Ou será esta uma forma encontrada por ela, e por muitas, de compensar a falta de atrativos e/ou qualidades que ela mesma não vê em si, com a exposição excessiva do corpo...
Sei lá...
Costelinha de porco com um arrozinho branco me atrairia bastante...
(...peixe morre pela boca....)

"Happy Hour"

É muito comum eu permanecer na empresa até mais tarde... 19h, 20 h. Organizando os serviços do dia e adiantando os do dia seguinte.
Mas hoje não.
Hoje me dei um presente. Um Happy Hour.
Sim.
Fui para o calçadão no centro, e escolhi uma lanchonete. Sentei-me em uma mesa na calçada e pedi uma Brahma e uma porção de torresmo.
A cerveja veio rápido, e ávido, tomei um grande gole, longo e saboroso. Enquanto esperava o tira gosto, ascendi um cigarro e passei a observar o burburinho de transeuntes em fim de expediente. Um mulherio diverso ia e vinha a encher meus olhos. Loiras, morenas e orientais.
De longe avistei uma loira... De terninho azul marinho, e da altura de um arranha-céu. Também grandes eram os saltos de suas delicadas sandálias cor creme.
Cabelos soltos, corpo de deusa.
Impressionava-me a delicadeza e ao mesmo tempo a firmeza de suas passadas... Era como se estivesse descalça que flutuasse.
Hum... Que coisa linda de ver.
Por instantes desejei ser paralelepípedo.
(Ufa... Ainda bem que o torresmo chegou...)

Tuesday, July 11, 2006

Um domingo Dificil

Havia planejado para mim um domingo tranqüilo. Internet pela manhã, almoço com a mamãe e assistir a final da Copa a tarde. Isto era tudo o que eu queria, já que no sábado tinha trabalhado bastante, chegando a casa tarde da noite, depois de horas de estrada... (menos mal que era a Raposo Tavares, o que é um alivio em comparação com as outras.).
Mas pela manhã recebi um telefonema de uma amiga muito querida, que mora a alguns quilômetros daqui de Prudente. Aflita, e se desculpando, disse-me que precisava muito conversar comigo. Refiz meus planos e depois de uma estrada tranqüila, chegava lá pela hora do almoço em sua casa.

Acho que convêm chama-la de Ana, que é particularmente um nome que eu adoro...
A Ana e a minha amiga TT são com certeza as duas mulheres mais diretas que eu conheço, já que a mamãe não conta, pois se trata de um caso para estudo... Hehehe
De forma objetiva e sem rodeios, ela me contou os problemas que tem tido com o seu filho mais velho, que também se chama Ricardo. Este, sempre um tanto rebelde, revoltado, foi sempre a maior preocupação de Ana, já que os outros dois nunca deram muito trabalho. Teve para si sempre muito carinho e atenção por parte dos pais. A Ana se separou do “Sargentão” há quatro anos (... o apelido não é um exagero. O cara é um chato), mas isso não influenciou tanto o comportamento do menino, pois desde antes ele “já dava trabalho”.
Nos últimos seis, sete meses, ele largou o “baseadinho” e entrou no corredor escuro do Crack, tornando mais intensos e corriqueiros os problemas em casa. E justamente (... por infeliz coincidência) quando, dispensado do Quartel, começando a trabalhar em uma loja de informática, passou a ter acesso a mais dinheiro, usando em fim mais drogas.
Semana passada o dono da loja esteve na casa da Ana, e muito irritado, ameaçou dar queixa crime do seu filho, pois havia sumido quatro computadores da loja. Muito envergonhada, minha amiga pagou o prejuízo. É claro que ele foi dispensado da loja. Este foi só mais um das muitos prejuízos e confusões causados por ele, o que não preciso citar aqui o que me foram enumerados, pois penso que vocês devem imaginar.
Por fim da conversa, Ana me pediu que eu conversasse com ele, pois achava que eu era a pessoa mais indicada, das que ela conhecia, pois me tem como uma pessoa com a cabeça aberta, jovem. Ela tinha até pensado em um terapeuta, mais achava que “não funcionaria” com o filho. O Ricardo estaria aqui em Prudente na segunda, e eu causei um “probleminha” no meu computador e liguei para ele, para vir aqui dar uma olhada.
Apareceu por aqui por volta das onze da manhã e em minutos solucionou o meu “grande” problema, passando a uma animada conversa comigo. Daí para começarmos a falar das drogas foi um pulo.
Surpreendeu-me maneira clara que ele falava de si e do vicio, pois ele tinha a exata noção do que acontecia.
Mas já em lagrimas me disse que é impossível para ele resistir a vontade, que é algo elouquecedor. E que é algo que o torna capaz de fazer qualquer coisa para obter a droga.
Saiu de casa logo depois, e por recomendação da Ana, lhe disse que acertava depois o serviço. Despediu-se e com um sorriso tomou seu caminho.
Deixou-me pensando...
Destino...
A meu ver é algo que a cada dia construímos, escolhemos os caminhos. Mas é inegável pensar que nada é por acaso. Sou kardecista, e vou mais longe. Penso que seja algo que ele veio para resgatar aqui, para evoluir e apreender. E que seus pais estejam também nesse contesto de Karma e evolução.
Mas sempre vai caber a ele, só a ele, a escolha de tornar esse caminho mais longo o mais curto; de lagrimas ou de sorrisos.


...Preciso ligar para Ana.
(...vai ser difícil...)

Sunday, July 09, 2006

"O primeiro dia da minha nova vida."

Pois é...
Minha vida tranqüila e estável acabou... Como as folhas secas revolucionadas pela ventania de direção incerta, minha vida se transformou...
E hoje penso... Refeito das primeiras ondas de choque, (que não são as mais fortes, mas são as que abalam mais, devido à surpresa que ocorrem), penso que o primeiro dia, o primeiro passo desse caminho de recomeço foi quando eu me conscientizei que eu só faria diferença positiva se eu encarasse de uma maneira muito seria e objetiva os problemas que ali se apresentaram, com mais força ainda, mais determinação ainda, pois o momento era de superar limites, explorar novas possibilidades...
Sim...
O recomeço esta na conscientização.
E na capacidade de se refazer.
Refiz todo um projeto de vida, readaptando meus anseios a nova realidade, cortando gastos que antes não me preocupavam e concentrando prioridades ao que realmente era necessário.

Com satisfação posso dizer hoje que estou conseguindo arrumar “a casa”, ousando até em me sentir feliz... Felicidade essa vinda da sensação concreta que eu estou no caminho certo e que fui capaz de fazer funcionar minhas capacidades ao meu favor.
Mas talvez o que me deixe, mas feliz e pensar, de uma forma humilde, que, mas uma vez eu não me decepcionei. Que quando precisei, encontrei em mim força e coragem para sair desse turbilhão de emoções e problemas.
Também não perdi a Fé, nem me senti amargurado e/ou injustiçado pelo que aconteceu comigo. Vejo tudo isso como tranqüilidade, como sendo uma oportunidade para crescer, para refletir e apreender, e com certeza uma chance para sair de tudo isso um pouco melhor.
Uma pessoa, um ser humano melhor.


Nossa...
Tenho muito que fazer ainda, o que caminhar.
Vou chorar muito ainda, mas também vou saborear cada vitória. Com prazer, mas já ansiando pela próxima.
Fácil não será nunca, mais eu nunca gostei de coisas fáceis. Coisas fáceis não são para mim. Deixo as para os sem coragem.


Vitórias, reconquista, transformações...
Tudo isso me traz felicidade.
Mas é inegável que a minha maior satisfação foi ter percebido como sou querido.
Pessoas que gostam do Ricky e que não se importaram se o Ricky tem ou não uma carteirinha do Crea.
Gente boníssima, que nas horas difíceis me trouxeram palavras de carinho e conforto, e que talvez não quantifiquem quanto isso foi me ajudou.
Emociono-me, pois é nas horas difíceis que, amargas que um carinho faz toda a diferença.
Meu muito obrigado.
É uma divida impagável, mas também é uma divida que só se amortiza com uma moeda.
Amor
...e todo amor que houver nessa vida é pouco.