RICK LAST STANDS

Sunday, August 27, 2006

"Saudade"


Saudade ... saudade daqueles que nos acompanharam por muito tempo e de repente ... se foram ... para outra cidade ... outro país ... outro mundo ... outro astral. Sentir saudade nem sempre é ruim ... mesmo quando as lembranças nos enchem os olhos de lágrimas ... afinal ... quantas e quantas vezes choramos de rir ... a saudade serve para relembrar de todos aqueles momentos maravilhosos que ficaram gravados, não na nossa memória ... mas no nosso coração ... aqueles momentos que nos confortam em momento de solidão, e que servem de consolo de demonstração de que ... apesar das agruras da vida ... em algum momento ... fomos felizes ... e fizemos a diferença, deixando alguém feliz também ... Assim ... quando pintar a saudade ... não fique triste ... relembre todas as coisas boas escondidas no HD da sua memória ou do seu coração e compartilhe a alegria que foi vivida e pela qual vale a pena sentir saudade.


    ...o fim do dia me trouxe esse texto, presente de um anjo cor-de-rosa chamada TT... Saudade... Impossível não sentir saudade de você TT... Te amo

“Como se expandem as Máfias (e certos impérios).”

Pegaram o cara em flagrante,roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.
Delegado- Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia !
Ladrão- Não era para mim não. Era para vender.
Delegado- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido .Sem vergonha !
Ladrão- Mas, eu vendia mais caro.
Delegado- Mais caro ?
Ladrão- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas, e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos, enquanto as minhas botavam ovos marrons.
Delegado- Mas eram as mesmas galinhas. Safado.
Ladrão- Os ovos da minha eu pintava.
Delegado- Que grande pilantra...(Mas já havia um certo respeito no tom do delegado).Ainda bem que tu vais preso. Se o dono do galinheiro te pega...
Ladrão- Já me pegou. Fiz um acordo com ele. Me comprometi a não espalhar boatos sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso , um ovigopólio.
Delegado- E o que você faz com o lucro do seu negócio?
Ladrão- Especulo em dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos, para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços. ( O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso, e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada). Depois perguntou.
Delegado- Doutor, não me leve a mal, mas, com tudo isso, o senhor não está milionário?
Ladrão- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado, ilegalmente, no exterior.
Delegado- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
Ladrão- As vezes. Sabe como é.
Delegado- Não sei não, excelência. Me explique.
Ladrão- É que, em todas as minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente, um ladrão. E isso é excitante. Como agora eu fui preso, finalmente, vou para a cadeia. É uma experiência nova.
Delegado- O que é isso excelência? O senhor não vai ser preso, não.
Ladrão- Mas fui pego em flagrante, pulando a cerca do galinheiro!
Delegado- Sim. Mas, primário, e com esses antecedentes...


Luiz Fernando Verissímo.