RICK LAST STANDS

Thursday, July 13, 2006

"Costelinhas"

Próximo de casa há um prédio comercial, e neste, entre outras coisas, há um açougue.
Logo depois que descobri que o dono era corinthiano, tratei de ficar amigo dele. Um coroa gente boa, descendente de italianos. Sempre alegre, é daqueles que perdem o cliente, mas não perde a piada.
Um dia desses, entediado na hora do almoço, fui para lá e me ocupei lendo o jornal do dia, sentado em um banco na entrada do açougue. Entre comentários irônicos e observações sobre a profissão da mãe de alguns políticos, eu observava os clientes e trausentes que meus olhos alcançavam.
No meio de uma critica sobre o estado lastimável do nosso time, fui interrompido pela entrada de uma cliente, que depois soube ser enfermeira e moradora do prédio. Mulher de trinta e poucos anos, morena, corpo curvilíneo. Não era linda, mas tinha um rosto simpático. Trajava uma blusinha de alcinha e uma bermuda de Licra colada ao corpo. Isto ate seria normal, a não ser que a peça em questão era branca, e tão transparente que eu seria capaz de dizer as instruções de lavagem inseridas em sua calcinha.
Dirigiu-me uma olhadela ao entrar, mais por instinto, do que por um possível interesse reflito. Pediu decididos 2 kg de costelinha, e permaneceu ali entretida a olhar o balcão de carnes.
Dois ou três trausentes que passavam pela rua, dando conta da cliente, lhe dirigiam olhares sedentos, e elogios grosseiros...
Finalmente ela se foi, levando consigo somente a costelinha, mas sem que o nosso herói açougueiro deixasse de se deliciar com a visão do seu back side saltitante a ganhar a rua...
Depois de ouvir inúmeras conjecturas sobre como despiria a nossa vizinha, fui-me embora, almoçar e dar uma relaxada, pois a tarde prometia.
No caminho pensava...
É notória na nossa cultura a figura da gostosona, o que desde cedo é incutido na nossa cabeça de homem de sul americano machista... E talvez até depois de casados, seja a esta a figura e/ou modelo de mulher que muitos homens casados imaginem quando a noite então com suas esposas.
Mas deixando isto de lado, vou alem...
Será que alguém, que precisa se expor tanto, provocando o desejo de estranhos (e não seu respeito), esta com o amor próprio em dia?
Ou será esta uma forma encontrada por ela, e por muitas, de compensar a falta de atrativos e/ou qualidades que ela mesma não vê em si, com a exposição excessiva do corpo...
Sei lá...
Costelinha de porco com um arrozinho branco me atrairia bastante...
(...peixe morre pela boca....)

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